terça-feira, 8 de março de 2011

CULTURA CAIPIRA: CULTURA AFROCAIPIRA

CULTURA CAIPIRA: CULTURA AFROCAIPIRA: "Por que não utilizar o termo cultura afrocaipira? Desde que a primeira cidade do Estado de São Paulo (Redenção da Serra) libertou seus esc..."

CULTURA AFROCAIPIRA



Por que não utilizar o termo cultura afrocaipira? Desde que a primeira cidade do Estado de São Paulo (Redenção da Serra) libertou seus escravos, o negro passou a participar ativamente dos rituais e festas caipiras contribuindo ativamente nas manifestações culturais. Dentre estas está o moçambique, jongo, batuque, congadas...O jongo teve sua origem no Vale do Paraíba e resiste nas cidades de Cunha, Guaratinguetá e Piquete de forma graciosa e marcante. O caipira resiste junto com a cultura afro; lado a lado! Uma verdadeira cultura de resistência!


SENHORA SANTANA


“Senhora Santana ao redor do mundo!”
                                                                   Lavadeiras do Jequitinhonha
Protege o leito dos rios
Lá é sua morada
Rainha das águas escuras
Nanã Burukê saluba!



Traz chuva ao sertão
Fertilidade ao solo
Alimentos aos animais
Carinho ao povo sertanejo.



Das águas escuras lamacentas
Águas rumo ao chão
Regando e preparando o solo...
Amor, respeito e devoção.



Avó de Jesus; Mãe Velha dos orixás
Sincretismo, rito e fé
Cultura afro-nagô, congado e arte popular
Ngomá, Dambim e Dambá.



Seu reino Jeje-Nagô
A todos quer abençoar
Vem de Aruanda coroada com vestes de rainha
Cuidar, afagar e mimar.



Senhora Santana; Nanã Burukê
Bênção venha nos dar
Fartura e boa colheita
Terra fértil para plantar.



Traz alimento ao homem sertanejo
Cobre-te com teu manto
Desfaz todo mal com seu movimento ijexá e canto
Refaz-nos dando fim ao pranto.


Do sertão faço minha morada
Da fé faço meu encanto
Nanã Burukê; Senhora Santana
A ti devoto minha sina; minha terra; meus filhos e meu canto:
“Ô saluba Nanã!”



http://www.recantodasletras.com.br/autores/sertao

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

UMA VIAGEM PELO MUNDO CAIPIRA...

Neste blog reafirmo minha identidade mostrando o cotidiano do caipira em sua esssência e sapiência. Viajo pela minha infância vivida com muitas lutas em meio ao cotidiano de uma cidade do interior. "Um grande abraço proceis e muita luz".

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/sertao

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CULTURA DE RESISTÊNCIA


Como cultura de resistência, assim vive o sertão...Resistindo aos processos de influências externas destruindo as tradições passadas oralmente e por manifestações que sofreram influências principalmente dos escravos (cultura negra).Resgatar essas manifestações são formas de manter viva a cultura caipira vale paraibana.

Ser caipira...







Foi nessa águas represadas


Navegando nas linhas do horizonte


Nas montanhas verdejantes


Que passei a descobrir...






Descobrindo os valores...


Valorizando meus costumes...


Acostumando meus ouvidos...


Ouvindo o cantar dos passarinhos.






Vergonha...


Por que me envergonhar?


De ser caipira...


De ser simples...






Sou caipira sim...


Simples sou ...Simples estou ...


Conheço bem minha ressabiação


O sertão me traz conforto e alegria ao coração.






Represa linda...


Águas azuis e puras...


Memórias levou...


Da Antiga Natividade, pouca coisa restou.






Aos meus avós e pais queridos


Muita tristeza deixou...


Essas águas são testemunhas


De um grande luta com ardor.






Navegando nessas águas...


Chegando ao horizonte


Verdes montanhas descobri


Caipira estou e ser caipira é bão de mais, sô.






A todo o povo caipira


Meu abraço dou


Que sua cultura esteja sempre viva


Porque vivo estou!
LUCIANO MOREIRA
08/09/2009

REVELANDO SÃO PAULO 2010

Sem dúvida a maior festa cultural do estado de São Paulo. Um resgate sem igual da cultura paulistana e porque não citar a miscigenação cultural que o estado recebeu e recebe até hoje, influencias vindas da época dos Bandeirantes.



A décima quarta edição do Revelando São Paulo – Festival da Cultura Paulista Tradicional traz o mote “do Rio ao Oceano” com o objetivo de mostrar a herança e identidade cultural oriundas de 200 municípios do Estado, entre os dias 10 e 19 de setembro. O evento é gratuito e desta vez acontece num cenário novo: o Parque Vila Guilherme/Trote e o Mart Center, na Vila Guilherme (próximos ao metrô Carandiru) e conta com a realização do Governo de Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e o apoio da Subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme e da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

Cerca de 90 estandes de culinária, 160 de artesanato, Rancho Tropeiro, brincadeiras de todos os tempos, corrida de cavalhada e aproximadamente 300 grupos das mais variadas manifestações artísticas compõem os dez dias do evento. O festival oportuniza ao público apreciar Folias de Reis e do Divino, Cortejo de Bonecões, Orquestras de Viola, Violeiros e Sanfoneiros, grupos de Catira, Fandangos e Cururus, Congos e Moçambiques, Serestas e Noites dos Tambores, dança Cigana, Quadrilhas e as Manifestações Cosmopolitas. Além de grupos étnicos, o Festival da Amizade promove espetáculos no palco da grande arena, reunindo danças folclóricas e características das culturas dos países imigrantes no Brasil como a dança alemã, japonesa, italiana, portuguesa, árabe e brasileira, entre outras. Revivendo as antigas corridas de trote, a programação também trará mais de 200 animais (cavalos, bois, búfalos e mulas) que se apresentarão em Cavalgadas, Cavalhadas, Tropas de Mulas e Carros de Bois.



O compromisso com a construção da Cultura de Paz e o respeito à diversidade se mantém no Revelando São Paulo com a Cerimônia da Paz.O Momento é marcado pela presença de representantes hare krishnas, budistas, católicos, presbiterianos, umbandistas, espiritualistas, como também comunidades indígenas, os que recebem a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, trazida da Basílica de Aparecida.

LAVADEIRAS DO SERTÃO

Com resiliência a cultura caipira sobrevive em meio a modernidade e processos de aculturação.No Vale do Paraíba paulista em meio a região montana, Natividade da Serra apresenta resquícios de uma prática entre as mulheres "caipiras" que se reúnem para prosear e entoar suas cantigas.

LAVADEIRAS DO SERTÃO

Com suas trouxas na cabeça


Lá vão elas todas cantando

As lavadeiras à cachoeira.



È momento de reunião

Contam seus causos

Diminuem sua aflição.



É preciso animação...

Fazer uma cantoria:

“Poeira... Poeira do meu sertão!”



A roparada lavada

Branquinha!Com sabão de cinza

Essas águas abençoadas ainda são limpas.



Mariquinha, Sinhá Joana,

Dona Ormenzinda e Nhá Chica

Amigas de verdade; esse rio sabe.



Estas corredeiras são testemunhas,

De histórias sem fim

Tristezas e alegrias passaram por aqui.



Que maravilha seria...

Estampar nestas águas

A alegria que vivi.



E num movimento rápido

Levar as tristezas correnteza abaixo

Restando só...Felicidade em maio.



As noivas preparam seus vestidos

No mês das noivas há muito casório

Lavar as vestes no rio dá sorte!



É da renovação das águas

Que se limpam as pedras

E preparam o coração.



Para um novo dia...

Um novo encontro...

Nova prosa; novo encanto.



Das lavadeiras deste rio

Que tenho apreciação

De um colosso de risadas... Isso é muito bão!



Que destas corredeiras que aqui passam;

Tenho boa recordação

Obrigado lavadeiras por fazerem parte das coisas do sertão!

SOU CAIPIRA SIM!

Amante da cultura popular, resgatar é meu objetivo.Enquanto a cultura caipira estiver viva,vivo estarei!


Ensinar é meu prazer;cuidar...Meu dever.

Vale do Paraíba,meu berço e minha vida.

Natividade da Serra, minha origem e minha inspiração.

Budismo...Paz,fé e dedicação.

Escrever...Calmaria e adoração.

VIVA A CULTURA POPULAR!



"Parabéns!!!Bela produção, e...viva a nossa cultura caipira!"...

Abraços!



Oswaldinho e Marisa Viana (cantores e compositores)



"Suas memórias me lembraram também a minha infância. Me deu saudade da minha avózinha e das histórias a beira do fogão de lenha".

Beijos e luz!



Kátya Teixeira (cantora, compositora e violeira)